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A violência e a falta de educação: o que mata mais?

Publicada em 19/01/2017 às 08h37

 A violência que se descorti-na nos presídios brasileiros é uma prova do fracasso do sistema prisional, bem como da forma punitiva adotada por nossas leis. Diz algo mais, porém! A violência que temos visto e que já ceifou mais de uma centena de vidas, isso em menos de um mês, nos mostra que o problema da violência tem menos a ver com segurança e mais com educação.

Há de se ressaltar, ainda, que as mortes não se limitam àquelas pessoas que per-deram suas vidas físicas, também vai mais além! As mortes já ocorreram muito antes de ingressarem no cárcere. Ocorreram sim, nas casas em que a família inexiste, nas ruas em que não há limites de qualquer espécie, nem ética, nem moral, vinculadas todas a uma desigualdade social abissal. Na verdade, a degradação existente nos presídios brasileiros é um reflexo da violência que ocorre nas ruas diuturnamente.

As medidas que vêm sendo anunciadas pelo Governo demonstram apenas que se quer ten- tar controlar a violência pelas consequências, isolar e degradar ainda mais seres humanos que, na realidade, sequer conheceram o que efetivamente representa possuir essa qualidade de “ser humano”. Um erro crasso, mais um!

A violência só deixará de existir quando se diminuir as desigualdades sociais e, acima de tudo, quando a educação for elevada ao seu lugar de essencialidade; Quando a educação for encarada por todos como o verdadeiro e único salvador da pátria, aliás, não podemos cha- mar de pátria um lugar em que a educação é tida como algo secundário, até por que aquela nunca existirá em sua plenitude enquanto esta, a educação, não for a sua bandeira. O que tem matado as pessoas e destruído a nossa sociedade não é a violência, mas sim a falta de educação!

Coluna Campelo Filho
Jornal ODIA

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